Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 62

Capítulo 4
A força vital segundo a ciência moderna

Até agora, discutimos extensivamente o mecanismo de defesa e um pouco da dinâmica de sua ação, mas ainda não o definimos com precisão. O que é o mecanismo de defesa? Como ele pode ser percebido? Quais são, precisamente, as qualidades que definem sua função nas diversas circunstâncias?
Pelos casos discutidos até aqui, pode-se entender prontamente que o mecanismo de defesa não se limita aos processos físicos tão bem conhecidos pelos fisiólogos: o sistema imunológico, o sistema reticuloendotelial, o sistema endócrino, os sistemas nervosos simpático e parassimpático, ou outros mecanismos. Essas são, na verdade, funções importantes do mecanismo de defesa no plano físico, mas não são os únicos níveis do seu funcionamento. Como sabemos, o mecanismo de defesa age tanto no nível mental quanto no emocional de um modo altamente sistemático e ordenado. Ele funciona como uma totalidade, como um todo integrado, sempre defendendo o organismo da melhor maneira possível a qualquer momento. Sua função, na medida do possível, é defender as regiões espirituais mais íntimas e elevadas do organismo contra a progressão da doença.
Que mecanismo é esse? Esta pergunta intrigou filósofos e médicos de todas as épocas. Há séculos, o ponto de vista predominante estava centrado na filosofia do "vitalismo", que postulava a presença de uma força vital dotada de inteligência e poder de governar miríades de processos envolvidos tanto na saúde quanto na doença. Parecia-lhes óbvio que alguma força animava o corpo humano, pois o organismo humano é mais do que simplesmente uma soma de seus componentes físicos. Alguma força ou princípio animador entra no organismo no momento da concepção, orienta todas as funções da vida e depois deixa-o quando ocorre a morte. O que se passa no