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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 46

perspicaz, sem dúvida alguma, já deve ter levantado algumas questões sobre a interação dos níveis em seus limites. Por exemplo: é verdade que a perda de memória (plano mental) representa um estado de saúde inferior ao da depressão (plano emocional)? Um estado de irritabilidade é mais grave do que um ferimento no cérebro (plano físico)? E os pacientes que parecem flutuar de lá para cá, de um nível para outro? Exemplos como esse representam uma imprecisão na hierarquia tal como foi apresentada, ou existe sobreposição dos níveis em seus limites?
Em favor da simplicidade, a hierarquia tem sido pois apresentada há muito como uma descrição unidimensional, linear (e em duas dimensões, considerando-se os conceitos de importância das camadas central e periférica). Na realidade, a relação entre os níveis é mais complexa. A figura 3 ilustra uma construção tridimensional, representando os diferentes níveis de um indivíduo na forma de invólucros coniformes e concêntricos. O mais central é, naturalmente, o plano mental/espiritual, ao ‘passo que o mais periférico é o físico. Por sua vez, cada um deles pode ser distribuído em arranjos hierárquicos de invólucros no interior de cada plano.
No nível físico, esses invólucros poderiam ser até mais elaborados para representar os sistemas dos órgãos, os próprios órgãos, os tecidos, a hierarquia dentro das células do tecido e até as hierarquias dentro das células (ADN e ARN, núcleo, orgânulos citoplasmáticos e membrana da célula, em ordem de importância decrescente). Outro detalhe significativo a ser notado com relação ao diagrama é que cada invólucro começa e termina em um nível de certa forma mais elevado do que aquele que lhe é apenas periférico; dessa forma, é evidente que a sobreposição não é completa. Refletindo, então, vemos que os diagramas apresentados no capítulo 2 podem ser considerados como reflexos uni e bidimensionais de uma estrutura que é, na verdade, tridimensional.