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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 333

Não se deve permitir que o paciente se torne muito otimista nessa fase do tratamento. Para alguns pacientes, essa talvez seja a primeira vez em que a droga é diminuí¬da a esse grau, havendo uma tendência natural de esperar por uma cura completa e rápida. Essas esperanças devem ser desencorajadas, pois sempre há uma forte probabili¬dade de uma recaída que exigiria novamente o uso de cor¬ticosteróides. Por fim, isso não deve ser visto como um fracasso, mas apenas como uma fase no lento processo do trabalho de cura, que levará anos.
Se for possível suspender os esteróides, o passo se¬guinte será lidar com o inevitável agravamento, após a retirada da droga. Essa talvez seja a fase mais crítica do caso, pois os sintomas e as mudanças patoIógicas tendem a tornar-se realmente sérios. O paciente e o médico devem estar preparados com antecedência para os efeitos dessa fase. Pode ser um período terrível, mas há enormes chan¬ces de sobrevivência, se tanto o paciente quanto o médico entenderem claramente os objetivos e os riscos. Não deve haver jamais um sentimento de fracasso se for preciso usar novamente os corticosteróides, no caso de os sinto¬mas se tornarem muito sérios; mas deve-se também enten¬der que eles serão contidos, a menos que a situação se torne verdadeiramente perigosa. Essa fase do tratamento exige uma grande habilidade alopática e homeopática do médico, e grande motivação e paciência do doente e sua família.
Logo que os corticosteróides forem suspensos com su¬cesso, o médico deve ser cuidadoso para não prescrever um medicamento após o outro, principalmente se o pa¬ciente estiver reagindo de forma tolerável. Deve-se dar tempo ao mecanismo de defesa para que ele retorne a um estado relativamente normal; assim a imagem do medica¬mento ficará bem clara. Daí em diante, o caso é tratado normalmente. Durante as crises, os corticosteróides são um recurso somenté nas circunstâncias mais perigosas, e o caso é tratado tanto quanto possível apenas pelos meios homeopáticos.