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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 327

sintoma inicial pode aiqda motivar a ordem.
Um exemplo dessa manobra pode ser dado por um caso de minha própria experiência. Um doutor em me¬dicina com alguns anos de experiência em homeopatia ten¬tou tratar de uma criança que sofria de profundas pertur¬bações mentais. O paciente recebeu aproximadamente quin¬ze medicamentos, alguns dos quais agiram parcialmente e outros não tiveram qualquer efeito. O caso me foi trazido, e a tomada de caso, na entrevista inicial, mostrou clara¬mente Veratrum album, que fora dado somente como a décima prescrição, entre várias outras. Baseado na entrevista inicial, foi receitado Veratrum album 50M (é melhor ir para as altas potências, se possível, nesses casos), com instruções para se esperar durante três meses completos, a fim de avaliar completamente a ação do medicamento. Três meses depois, o quadro patognomônico do ácido ní¬trico surgiu e continuou a produzir uma resposta curativa duradoura.
Nesse exemplo. a camada miasmática inicial exigia Veratrum album, mas como o medicamento foi dado muito tempo depois, sua ação foi demasiado lenta para poder ser interpretada, sendo logo em seguida receitado outro me¬ dicamento, que interrompeu a cura. Ao tentar corrigir um caso confuso, é importante dar a melhor prescrição, baseada no caso inicial, e, depois, esperar um longo período a fim de evoluir para o medicamento seguinte – o qual re¬presentará a próxima camada miasmática.
Se, por um motivo qualquer, os registros do caso ini¬cial não estiverem disponíveis, o homeopata deverá traba¬lhar arduamente para auxiliar o paciente a recordar-se de todos os detalhes significativos do caso inicial. A fim de conseguir isso, o homeopata deve primeiro ganhar a confiança do paciente, explicar claramente a importância da informação necessária e ter uma grande dose de pa¬ciência nas tentativas de fazer o levantamento dos sinto¬mas. Todo indício deve ser seguido, inclusive os registros alopáticos, em busca de sugestões