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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 321

Capítulo 17
Casos complicados

Neste capítulo, consideraremos os casos que aparecem na consulta inicial já num estado altamente desordenado ou terminal. Esses casos exigem do homeopata a maior habilidade, experiência, paciência e tempo possível. Como regra geral, a maior parte desses casos deveria ser imedia¬tamente rejeitada pelos homeopatas principiantes, pois é provável que a má prescrição resulte em maior confusão para o caso e sofrimento desnecessário para o paciente. Muitas vezes parece que a homeopatia é a única oportuni¬dade para o paciente, já que o remédio alopático e outras terapias não foram bem sucedidos. No entanto, quando tanto o homeopata quanto o paciente não têm conheci¬mento do extremo sofrimento e do caos que se podem encontrar nos casos graves, eles iniciam o tratamento e em pouco tempo descobrem que tais casos estão além da pos¬sibilidade de compreensão. O modo mais compassivo de ação pode ser, simplesmente, recusar esses casos ou enviá¬los a um homeopata mais experiente, a fim de evitar o terrível sofrimento que pode decorrer da busca de uma oportunidade de cura; se o homeopata não for capaz de lidar com as confusões e as complicações, esse sofrimento pode, afinal, ser inútil.
Naturalmente, não há comparação entre o dano que o tratamento alopático "correto" pode causar a um paciente cronicamente doente e o que pode ser causado por um tra¬tamento homeopático "incorreto". Os efeitos colaterais do tratamento alopático são terríveis em comparação com uma má prescrição homeopática. A prescrição homeopática in-correta não causa mal direto ao paciente, mas pode pro¬duzir muita disrupção no mecanismo de defesa, tornando as prescrições posteriores incomensuravelmente mais di¬fíceis.
Neste capítulo, consideraremos estas três categorias básicas de casos que se apresentam de início com proble¬mas altamente complicados. Discutiremos casos que se de¬sordenaram durante longo tempo por prescrições homeo¬páticas inadequadas, casos em que