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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 318

uma fase da cura – quando, na verdade, está ocorrendo um dano patológico. Mesmo para os clínicos mais instruídos e experimentados, esse pode ser um julgamento difícil em muitos casos, mas é preciso ter sempre em mente a possibilidade de haver dano patológico.
A maior parte dos equívocos de prescrição ocorre com pacientes com profunda fraqueza miasmática. Às vezes, os equívocos são cometidos por simples falta de conhecimento da materia medica; nesses casos, a simples consulta a um homeopata mais instruído ou experimentado pode esclare¬cer o caso. No entanto, são cometidos equívocos até mesmo com certa freqüência, com relação ao tempo correto para a prescrição de medicamentos; o resultado final é um caso tão desordenado que a cura se torna quase inatingível.
É comum acontecer que um paciente retome, quei¬xando-se de uma recaída, quando não existe uma verda¬deira e total recaída. Pela queixa do paciente, o homeo¬pata interpreta mal a seriedade da situação. Nenhuma ima¬ gem clara do medicamento é visível, mas o médico, sentindo-se pressionado, indica um medicamento baseado na melhor adivinhação possível. Um caso desses pode tomar duas direções. O medicamento incorreto pode levar a mais "recaídas", que são tratadas até que, finalmente, ocorra uma recaída total. Se tivermos sorte, a imagem corrente pode voltar ao quadro do medicamento inicial que, nova¬mente, pode ser indicado com sucesso (se resistirmos às tentações de prescrever apressadamente).
Se a imagem final estiver completamente obscura, o homeopata tem à sua frente um julgamento muito delicado. Pode acontecer de um medicamento ter agido muito bem num passado recente; nessa circunstância, ele pode ser repetido, na esperança de que traga ao caso ordem sufi¬ciente para restaurar a evolução. A melhor alternativa, no entanto, talvez seja tentar um antídoto contra os efeitos de todos os medicamentos que provocaram a perturbação do caso. A melhor forma é a administração de drogas alopáticas para mitigar os sintomas