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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 314

dificuldade, seleciona-se um medicamento inicial. Mesmo assim, a reação do paciente não é tão clara como se desejaria. O progresso pode, freqüentemente, ser determinado apenas por indicações sutis ou pela melhora dos sintomas menores. Se formos capazes de esperar o sufi¬ciente, pode ocorrer uma resposta curativa lenta num pe¬ríodo de um a dois anos (sendo necessário mais alguns medicamentos, cuidadosamente escolhidos).
Surge a pergunta natural: "Presumindo-se que a res¬posta não seja muito óbvia e que o paciente esteja sofrendo, quanto tempo se deve esperar?" A resposta a essa per¬gunta, naturalmente, depende muito das circunstâncias individuais e da experiência do homeopata. O indício mais útil encontra-se nas regiões de importância mais central da capacidade do paciente em viver de forma verdadeira¬mente criativa. Se até as mudanças sutis para melhor esti¬verem ocorrendo nos níveis da energia ou nos níveis mental/emocional, a tendência será esperar, muito embora o paciente possa estar sofrendo seriamente nos níveis mais periféricos. Em cada consulta, deve-se avaliar o progresso com muito cuidado, principalmente nas áreas centrais.
Os médicos freqüentemente encontrarão pacientes dessa categoria queixando-se de que os sintomas originais estão realmente piorando depois do medicamento inicial. Esse agravamento dos sintomas físicos pode tornar-se into¬lerável, digamos, de vinte dias a três meses após o medi¬camento, apesar de o paciente sentir-se melhor. A tendên¬cia, naturalmente, deve ser esperar que o agravamento pas¬se, mas acontece, às vezes, que os sintomas locais se tornam insuportáveis. Pode-se justificar outro medicamento nessa situação, contanto que sua imagem esteja claramente definida.
Nos pacientes que pertencem à segunda categoria, se ocorrer uma erupção de pele em resposta à primeira pres¬crição, pode-se esperar que ela seja violenta – e este não será o último problema com que o