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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 297

produz, então, um estímulo no mecanismo de defesa, criando por um certo tempo uma exacerbação dos sintomas, que são a única manifestação de sua ação visível à nossa per¬cepção.
Dessa maneira, pode-se compreender imediatamente que, sobretudo nos casos crônicos, os agravamentos homeo¬páticos são desejáveis. Por conseguinte, a prática comum de alguns homeopatas, tentando suprimir os agravamen¬tos, é, na verdade, um processo que não permite a cura. As atitudes e ensinamentos baseados na prescrição de me¬dicamentos que provavelmente não produzam agravamen¬tos vêm de pessoas com pouco conhecimento da ciência da homeopatia.
Os pacientes homeopáticos muitas vezes ficam sur¬presos quando telefonam para o homeopata, relatando o agravamento inicial de seus sintomas, e recebem a resposta: "Bom sinal. Fico contente". Os homeopatas, naturalmente, não são insensíveis. Eles não desejam infligir sofrimentos desnecessários. Na medida do possível, tudo é feito para reduzir a seriedade e a duração dos agravamentos homeopáticos, mas as leis básicas da cura sempre devem ser observadas. Mesmo que possa parecer cruel da parte do médico, qualquer outro procedimento estará, na verda¬de, prestando um desserviço ao paciente, pois seu sofri¬mento será, afinal, prolongado pela ausência da cura.
Na grande maioria dos pacientes, o agravamento homeopático não pode ser considerado prejudicial. O me¬canismo de defesa sempre obedece ao princípio fundamental da cibernética, que declara que todo sistema altamente organizado reagirá ao estresse com a melhor resposta pos¬sível de que é capaz no momento. Por isso, se houver um sintoma patológico que possa causar dano ao sistema, como a pressão sanguínea muito alta, esse sintoma perigoso será imediatamente melhorado, enquanto os demais podem agravar-se durante a crise terapêutica. Esse é um princípio muito importante, que se deve ter em mente ao interpretar as respostas ao