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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 288

Um paciente emocional¬mente "fechado", que tem um ponto de vista acentuada¬mente racional sobre os acontecimentos e revela uma informação apenas quando ela é surpreendente e definida, ten¬derá a ser cauteloso e poderá desorientar o homeopata no momento de estabelecer se o medicamento agiu ou não. Um paciente emocionalmente "aberto" pode empolgar-se com o desejo de trazer boas novas e, por conseguinte, co¬municar informações muito otimistas. Um paciente hipo¬condríaco, sempre concentrado em impressionar o médico com a importância de seus problemas, pode enfatizar de¬talhes insignificantes, menosprezar sintomas que foram mi¬tigados e exagerar a seriedade dos novos sintomas. Os pa¬cientes hipersensíveis podem apresentar mudanças extraor¬dinárias após tomarem a dose inicial, e prestar atenção ina¬dequada às mudanças que ocorrem com o passar do tempo.
Por essa razão, não é oportuno enfatizar o fato de que os pacientes devem providenciar relatos cuidadosos e obje¬tivos. Os pacientes que tendem a esquecer o padrão das mudanças devem manter anotações; e não se deve exigir nenhuma anotação dos pacientes que se orientam pelo detalhe e que, provavelmente, perderão de vista o quadro geral. Ao mesmo tempo, o homeopata deve ser muito mais cuidadoso com relação às respostas dadas durante as con¬sultas de retorno. Como já foi dito, existem problemas par¬ticulares associados à tomada de um caso na entrevista inicial; isso é ainda mais verdadeiro quanto às consultas de retorno, embora os problemas sejam totalmente diferen-tes. As respostas do paciente devem sempre ser questiona¬das detalhadamente para se determinar o padrão real das mudanças ocorridas. Isso deve ser feito com grande cuida¬do, tendo em mente a eventualidade de uma disrupção sé¬ria, acarretada por um medicamento incorreto ou por um medicamento administrado em hora imprópria. Muitos ho¬meopatas são capazes de selecionar o medicamento apro¬priado na primeira consulta, mas uma grande