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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 283

medicamento para poder observar seu efeito; se for ministrada uma po¬tência mais baixa, é possível que o efeito se esgote em poucas horas, e, nesse caso, deve-se receitar mais uma dose. Esta, porém, não será prescrita regularmente; o caso será retomado para se certificar de que não é necessário um medicamento diferente. É prática comum em alguns círculos homeopáticos prescrever regularmente um progra¬ma automático de repetições nos casos agudos (digamos, uma dose a cada hora, perfazendo seis doses). Embora essa prática, provavelmente, seja pouco nociva, é também, em geral, desnecessária. Se houver certeza quanto ao medica¬mento, em geral é suficiente prescrever uma dose em uma potência alta; caso seja preciso repetir a dose, faz-se ne¬cessária uma nova tomada do caso para uma nova pres¬crição.

Remédio único

Um dos princípios fundamentais da homeopatia é o de prescrever apenas um medicamento de cada vez. Trata¬-se de um princípio tão óbvio que se aplica a toda a prática curativa.
Se se prescrever mais de um medicamento (ou técnica terapêutica), qualquer efeito, benéfico ou nocivo, não será avaliado com precisão. Não há meio de se definir qual componente de determinada combinação agiu. Além disso, ninguém pode predizer as interações que venham a ocorrer numa combinação de influências terapêuticas. Se um de¬terminado medicamento age de um modo particular quan¬do é ministrado sozinho, como é possível prever seu efeito depois de alterado, de modo imprevisível, por uma com¬binação?
Suponhamos que um paciente que recebeu uma com¬binação de seis medicamentos homeopáticos diferentes apresente uma deterioração definida. O que está aconte¬cendo? Trata-se de alguma espécie de agravamento com¬plexo? É possível que um dos medicamentos tenha