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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 276

tendendo a prescrição a ser um medicamento, de preferência, incomum. Como sem¬pre, deve ser feito um cuidadoso estudo da materia medica antes de determinar essa seleção.
De vez em quando encontra-se um caso em que o estado crônico se origina de forma muito incomum, a partir de uma poderosa causa excitante. Por exemplo, é possível encontrar um paciente com antecedentes insignifi¬cantes; no entanto, o espectro integral de suas, digamos, queixas neurológicas data de um grave ferimento que recebeu na cabeça num acidente de automóvel. Se, após tomar o caso, forem encontrados um ou dois sintomas ca¬racterísticos que se ajustam à Arnica ou ao Natrum sulphu¬ricum (conhecidos por seus efeitos nos ferimentos da ca¬beça), a prescrição só poderá ser baseada no fator causal (confirmado por um ou dois sintomas característicos). Nessa circunstância incomum, os sintomas surgidos durante o resto da tomada de caso são ignorados, nessa primeira fase, embora possam tornar-se significativos para as pres¬crições posteriores.
Como se pode observar prontamente, a seleção de um medicamento é um processo complexo. Muitos fatores de¬vem ser levados em conta, ponderados, aceitos em alguns casos e rejeitados em outros. As incertezas envolvidas sublinham fortemente a necessidade, em primeiro lugar, de se fazer uma boa tomada de caso. Os princípios descritos e, particularmente, as exceções às "regras" são válidos apenas se a informação derivada do caso original for con¬fiável. Se o caso original for vago, desorientador ou incor¬reto, todos os delicados julgamentos feitos posteriormente, no decorrer do estudo do caso, provavelmente. serão incor¬retos. Uma correta prescrição homeopática depende de uma tomada de caso adequada, da informação correta das expe¬rimentações, do preparo cuidadoso do Repertório e, finalmente, da análise correta do caso.
É também evidente que uma prescrição pela "tônica’" pode