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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 248

entrevistas com o paciente antes de chegar à prescrição final. O homeopata iniciante conhece poucos medicamentos, e de maneira parcial, e provavelmente fará as perguntas de forma incompleta. A inexperiência pode fazer com que o iniciante apenas aborde superficialmente questões que mais tarde serão de grande importância. Por essa razão, o melhor procedimento é fazer uma entre¬vista inicial e, depois, levar o registro para casa e estudá-Io de modo completo e cuidadoso. Durante esse estudo, é inevitável que surjam outras questões ou dúvidas a respeito de certas áreas da tomada de caso inicial. Enquanto isso, o paciente também refletirá sobre a entrevista, desejando esclarecer alguns pontos. A seguir, é realizada uma segun-da entrevista, geralmente mais breve, abordando maiores detalhes. O homeopata se aprofunda mais no caso. Esse processo deve se repetir tantas vezes quantas forem necessárias antes que o médico chegue, finalmente, à prescri¬ção que julgar correta; toda prescrição deve ser feita sem¬ pre somente após uma reflexão cuidadosa, seja chegando a ela alguns dias depois, no caso de um homeopata ini¬ciante, seja resolvendo-a num período relativamente curto, no caso de um homeopata mais experiente. Se for tomado esse grande cuidado com cada um dos casos, adquirir-se-á, de maneira rápida e confiável, experiência e conhecimen¬to dos medicamentos, até que, por fim, todo o processo seja apenas uma questão de minutos em certos casos, sem diminuir a confiança do homeopata quanto à prescrição.
Logo que todo o caso, tenha sido tomado, a tarefa seguinte é reunir a totalidade da sintomatologia do pa¬ciente. Tendo em mente que o mecanismo de defesa só se dá a conhecer através dos sintomas produzidos nos níveis mental, emocional e físico, o homeopata deve ler e reler o histórico do paciente até assimilá-Io como um todo. O caso deve tomar forma, em sua mente, de maneira que as expressões mais importantes do mecanismo de defesa sejam ressaltadas