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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 243

alguns medicamentos na materia medica. naturalmente ten¬dem a descrever seus próprios sintomas em termos do que leram. Se esse processo for muito adiante, o homeopata pode receber somente a informação que brota da teorização intelectual, ao invés dos sintomas que expressam o verda¬deiro estado patológico do paciente.
Um típico grupo de pacientes problemáticos com que o homeopata se defronta é o dos mais abastados, que po¬dem consultar os especialistas do mundo todo. De um dos médicos, esse paciente "médico-maníaco" pode ter recebi¬do um diagnóstico de "neurastenia", com a recomendação de absoluto repouso. Outro médico diagnostica "exaustão das supra-renais" e prescreve uma combinação particular de vitaminas, minerais e ervas. Em seguida, um nutricionista afirma que o problema do paciente é "intolerância ao car¬boidrato", e este, então, aprende a evitá-Ios. Por fim, um ecólogo clínico descobre, através de testes de pele e de controle do pulso, que o paciente é alérgico a 25 substân¬cias diferentes, que estão presentes no alimento e no am-biente. O paciente evita estritamente os alimentos perigo¬sos, começa uma dieta rotativa que não é baseada nas exigências individuais e se compromete a tomar uma série de injeções para diminuir a alergia. Ao chegar ao consultó¬rio do homeopata, está seguindo uma dieta completamente anormal, toma caixas ,de vitaminas, está dopado com Va¬lium, e acabou de tomar uma injeção contra alergia antes de ir para o consultório. Além disso, em vez de descrever os sintomas, o paciente apresenta como seus maiores males: "neurastenia", "exaustão das supra-renais", "intolerância a carboidratos" e "hipersensibilidade química".
Pessoas como essas tendem a ver o homeopata ape¬nas como outro médico qualquer, pago para lhes criar um estado de "saúde" relativamente satisfatório. Sentem-se completamente dependentes das drogas, vitaminas, injeções para alergia, etc., e a simples sugestão para que suspendam tudo deixa-as em pânico. Tais