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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 239

vergonhoso expres¬sar alguns de seus sintomas mentais, emocionais ou sexuais. Ao resguardarem ou menosprezarem seus sintomas, essas pessoas desorientam o homeopata, levando-o a registrar um quadro incorreto e, por conseguinte, a prescrever um me¬dicamento não apropriado.
Com tais pacientes, é necessária uma abordagem toda especial. Deve-se tratar a todos com grande habilidade. E imprescindível transmitir-Ihes confiança e demonstrar¬Ihes um interesse real por todos os detalhes, não importa o quanto eles sejam "insignificantes" ou "vergonhosos". Após uma indagação e uma sondagem delicada e compreen¬siva, o paciente começa aos poucos a sentir-se à vontade, desejando então expor os sintomas necessários.
Em pacientes "fechados", que fornecem muito poucos sintomas, as observações objetivas têm uma importância adicional. O entrevistador deve anotar cada gesto, tique, etc. – agitação dos dedos, do corpo ou dos pés, irrita¬bilidade excessiva, loquacidade, o tempo que leva para responder às perguntas, a dificuldade para encontrar as palavras certas, se cora com facilidade, as expressões fa¬ciais, os inchaços em volta dos olhos, a cor da pele, queda dos cabelos, se rói as unhas, timidez, suor das mãos ou do corpo, odores, etc.
O segundo grupo de casos difíceis é o dos hipocon¬dríacos. Esse grupo inclui não apenas os excessivamente ansiosos com a saúde, como também aqueles que observam de modo compulsivo cada detalhe relacionado com ela, até perderem toda a perspectiva. Essas pessoas tendem a re¬latar uma enorme quantidade de sintomas menores, que podem não ser completamente avaliados pelo homeopata por causa da tendência desses pacientes ao exagero. Nesse caso, são anotadas a própria natureza hipocondríaca e uma eventual ansiedade acerca da saúde. Quaisquer outros sin¬tomas devem ser sublinhados apenas com grande cautela e somente após sua confirmação, feita por auxiliares ou pa¬rentes objetivos. Com