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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 237

quando a entrevista a fim de retor¬nar aos tópicos mais relevantes. Mesmo nessa situação, as interrupções devem ser feitas reluntantemente, pois sempre há uma chance de que essas divagações possam comunicar indícios de um sintoma importante.
Uma técnica preciosa, que deve ser usada em todos os casos homeopáticos, é a do grifo. Para cada determina¬do sintoma homeopático existem três fatores que determi¬nam sua ênfase: clareza, intensidade e espontaneidade. Um sintoma de significado para o paciente, comunicado com grande clareza descritiva, cuja intensidade pro¬duz interferência na vida do paciente, e espontaneidade (isto é, um sintoma apresentado pelo paciente de modo voluntário, ao invés de ser deduzido depois da entrevista), tem o maior peso no caso. Estes três fatores são combi¬nados no processo do grifo:

1. Nenhuma sublinha: sintomas confusos, expressos sem espontaneidade e que não são percebidos com muita intensidade pelo paciente.
2. Uma sublinha: sintomas de grande clareza e inten¬sidade, embora ainda deduzidos apenas através da inda¬gação.
3. Duas sublinhas: sintomas de grande clareza, inten¬sidade moderada e comunicados de maneira completamen¬te espontânea pelo paciente.
4. Três sublinhas: sintomas de enorme clareza, gran¬ de intensidade e comunicados de maneira completamente espontânea pelo paciente.

Tais sublinhas devem ser usadas com precisão e apli¬cadas tanto nas consultas de revisão como na entrevista inicial. Com isso, as mudanças de ênfase de um sintoma do quadro geral podem ser avaliadas apenas com sua pre¬sença ou ausência; isso pode fornecer, com o tempo, im¬portantes indícios para a evolução ou prognóstico de um determinado caso.