Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 236

pergunta inicial, propositalmente não di¬rígida. Suponhamos que o entrevistador pergunte: "Você tem algum medo ou fobia?" O paciente responde: "Nada de que eu me lembre". Pela totalidade dos sintomas res¬tantes suponhamos que o entrevistador queira saber especificamente se o paciente tem medo de altura. Seria impróprio perguntar de maneira direta: "Você tem medo de altura?", pois o paciente pode deduzir que o entre¬vistador está procurando uma resposta afirmativa. Pelo contrário, o entrevistador pode dar uma variedade de pos¬sibilidades apenas para auxiliar a memória do paciente, cpmo: "Bem, por exemplo, você tem medo do escuro, de ficar sozinho, de altura, de trovoadas, de cachorros, ou qualquer outra coisa?" Suponhamos, entãó, que o paciente responda: "Oh, sim! Sempre tive muito medo de altura! Sempre evito isso". Pode-se confiar nessa resposta porque ela foi deduzida de uma variedade de outras possibilidades apresentadas com a mesma ênfase.
Os sintomas importantes não devem ser abandonados pelo valor aparente. Eles devem ser sondados mais profun¬damente, para nos éertificarmos do verdadeiro quadro que está sendo apresentado. Por exemplo, pode-se perguntar a um paciente: "Você tende a ser chato ou rabugento?" O paciente responde: "Bem, sou muito rabugento". Mas, se a pergunta for além: "Como os outros o vêem com relação a isso?" o paciente bem pode responder: "Muito bem!" O paciente chato nunca está satisfeito e, por con¬seguinte, se vê como rabugento.
Quando um paciente apresenta um sintoma particular, é aconselhável tomar nota do que se trata e, em seguida, deixar um espaço logo abaixo. Não se deve interromper o paciente apenas para preencher os claros e as modificações. Pelo contrário, deixa-se um espaço, e essa informação é preenchida mais tarde, depois que o paciente tiver terminado sua exposição. Com alguns pacientes, especialmente com os que parecem gostar de divagar sobre qualquer coisa que lhes venha à mente, talvez haja necessidade de interromper de vez em