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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 225

substituindo a conjetura pela observação real, jamais tomando o caso da doença que tem diante de si como se já fosse conhecida de modo parcial ou total, mas sempre examinando-a cuidadosamente em todas as suas fases."

Esse ponto foi desenvolvido posteriormente por J. T. Kent, um dos maiores médicos da homeopatia, que humil¬demente admite como os preconceitos rapidamente tendem a se insinuar de modo furtivo no processo. Neste parágrafo, ele comenta o aforismo de Hahnemann, transcrito acima.

"Tenha isso em mente, sublinhe-o meia dúzia de vezes com tinta vermelha, pinte-o na parede, ponha o dedo indicador sobre ele. Uma das coisas mais importantes é tirar da cabeça, no exame de um caso, qualquer outro caso que pareça ser semelhante. Se isso não for feito, a mente será prejudicada, apesar de nossos melhores esforços. Eu tenho que lutar contra esse fato a cada novo caso que enfrento. Tenho que me esforçar para não pensar em algo que curei, parecido com esse, porque isso prejudicaria. minha mente."

Ouvindo o paciente de modo ativo, a imaginação do homeopata e sua sensibilidade devem se envolver bastante. O homeopata deve desenvolver a capacidade de viver a experiência do paciente. Não é apenas o caso de o homeo¬pata se colocar no lugar do paciente, mas o de perceber a experiência do paciente em seu próprio contexto. Como é obviamente impossível para qualquer pessoa experimentar verdadeiramente toda a gama de expressões vistas durante um único dia de consulta de um homeopata, é necessário que este suspenda os preconceitos pessoais e se transporte em imaginação ao contexto de cada paciente, a fim de viver essa experiência, mesmo por um momento.