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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 223

trabalho, a imagem se transforma, tornando-se mais distinta, de modo não previsto completamente. A mesma regra é verdadeira em relação à entrevista homeopática. No começo, a descrição feita pelo paciente pode parecer ir ao encontro de um medicamento em particular, ou de uma compreensão particular da evolução da patologia individual da pessoa, mas, com as descrições posteriores, o conceito pode mudar inteiramente. Desse modo, a informação adquirida é tão verificável quanto qualquer dado científico. Sua obtenção, no entanto, é uma verdadeira arte.

O ambiente

Em primeiro lugar, deve-se dar atenção ao local onde é feita a entrevista. O ambiente deve ser calmo, com uma decoração harmoniosa, simples e estética. As interrupções devem ser reduzidas ao mínimo, e o paciente não deve se sentir apressado.
É importante também que o paciente não se comporte de forma tendenciosa devido a uma acentuada expectativa antes da entrevista. Algumas poucas e simples instruções, esclarecendo que a entrevista homeopática se focaliza no paciente como um todo e não apenas no problema físico imediato, são apropriadas. Mas descrições amplas da espécie exata de informação que a homeopatia requer e, particularmente, o uso dos questionários homeopáticos, devem ser evitados. É provável que esse tipo de informação leve o paciente a se preocupar muito com detalhes insignifican¬tes, ao invés de se concentrar nas questões mais significativas de sua experiência de vida.
A atitude do médico é um fator de grande importân¬cia, que distingue uma tomada de caso eficiente de outra, mal feita. É da maior importância que o entrevistador tenha interesse e preocupação pelo bem-estar do paciente. Esse interesse pode ser transmitido por