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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 213

conseguinte, não pode haver "contaminação" de uma potência para outra.
Essa não é uma distinção meramente acadêmica. Ela tem uma grande importância prática para os farmacêuticos homeopatas. Para executar o método hahnemanniano, devem ser usados muitos frascos, e os frascos velhos só podem ser reutilizados depois de serem aquecidos num forno a alta temperatura. Tal procedimento, naturalmente; é muito dispendioso e desnecessário. A fim de auxiliar a preservação de nossas farmácias e de seus padrões, é preferível o método Korsakoff.
As potências originais de Hahnemann foram feitas em álcool, mas isso também sobrecarrega muito as "farmácias que produzem medicamentos de alta potência. Como o álcool não pode ser reutilizado, é necessária uma grande quantidade de álcool para se fazer um medicamento de alta potência. Por exemplo, consideremos a produção de uma potência de 10.000; para a produção dessa potência
seriam necessários aproximadamente 50 litros de álcool – uma proposta muito cara! Não é provável que o álcool ou a água façam qualquer diferença no processo real da potencialização, pois várias misturas dos dois foram usadas no passado. Por conseguinte, seria preferível usar água duplamente destilada para todas as potências intermediárias. No entanto, qualquer potência, que tenha de ser armazenada para uso como medicamento, deve ser preservada em álcool puro. A água não é um bom meio para a preservação, pois os microrganismos tendem com o tempo a proliferar, podendo interferir na ação do medicamento. O álcool, por outro lado, é um excelente preservativo, podendo-se confiar nele para manter as potências indefinidamente.
De qualquer modo, deve ser dada uma atenção cuidadosa aos padrões de pureza de todos os materiais usados nesse delicado processo. Como bem podemos imaginar, mesmo as pequenas possibilidades de contaminação podem ser muito ampliadas durante a