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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 164

mencionadas doenças […] me ocupou desde o ano de 1816, dia e noite, e eis que o provedor de todas as boas coisas me permitiu, nesse espaço de tempo, solucionar gradualmente esse problema sublime por meio de pensamento incessante, pela indagação infatigável, pela observação fiel e pelas experiências mais acuradas, feitas para o bem-estar da humanidade.
Tem sido continuamente repetido que as doenças crônicas, após serem repetidas vezes eliminadas de forma homeopática, voltam sempre, de forma mais ou menos variada e com novos sintomas, ou reaparecem anualmente, com mais achaques. Esse fato me forneceu o primeiro indício de que o homeopata, ao deparar-se com um caso de doença crônica (não venérea), tem não apenas que combater a doença que se apresenta à sua frente, mas não deve vê-Ia e percebê-Ia como se fosse uma doença bem definida, que pode ser destruída para sempre e curada com os me. dicamentos homeopáticos comuns. Ele deve sempre encontrar algum fragmento em separado de uma doença original mais profunda… Por conseguinte, deve primeiro descobrir, se lhe for possível, toda a extensão dos acidentes e sintomas que pertencem a alguma moléstia primitiva e desconhecida, antes de esperar descobrir um ou mais medicamentos que possam abranger homeopaticamente toda a doença original por intermédio de seus sintomas característicos…
Pareceu-me claro que a moléstia original que está sendo procurada deve pertencer também a uma natureza crônica miasmática, pois uma vez que ela tenha se adiantado e desenvolvido até certo ponto não pode mais ser eliminada pela força de nenhuma constituição robusta; não pode mais ser subjugada pela dieta ou pela disciplina de vida mais saudáveis, nem desaparecerá por si mesma…
Eu havia chegado a esse ponto em minhas investigações e observações dos pacientes portadores de doenças não venéreas quando descobri, já no início, que o obstáculo à cura de muitos casos