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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 332

lembrará com clareza, mas toda informação que puder ser recolhida pode ser valiosa. Em seguida, devem-se procurar os sintomas durante os anos de tratamento com corticosteróide ¬ principalmente os mais característicos e individuais -, que estiveram presentes com mais consistência em toda a história. Finalmente, registra-se o estado corrente, voltando a enfatizar as características que sempre estiveram pre¬ sentes em toda a história.
Isso pode parecer simples, mas, na verdade, é um processo muito difícil. Quando um paciente está se tratan¬do com drogas alopáticas, muitas das modalidades que afetam os sintomas particulares são alteradas pela própria droga e o tempo em que foi administrada. Por exemplo, um paciente gravemente asmático pode tomar uma dose de – corticosteróide de manhã e, depois, combinações de theophylline-adrenalina durante o dia, ingerindo nova dose antes de dormir. Se esse paciente acordar às quatro horas da manhã com dispnéia, este agravamento é um sintoma homeopático que sugere Natrum sulphuricum ou é apenas a hora em que as drogas começam a perder o efeito? Por causa dessas incertezas, a maior parte dos sintomas avalia¬dos não são manifestações reais da ação do mecanismo de defesa, mas, ao contrário, efeitos das drogas.
Após uma cuidadosa coleta dos sintomas consistentes e de estudo sério, é selecionado um medicamento. Ele deve ser dado numa potência baixa, sendo repetido com fre¬qüência, enquanto prossegue o tratamento com corticoste¬róides na dosagem costumeira. Por exemplo, uma 12X deve ser dada três vezes ao dia durante dez dias consecutivos. Se o medicamento parecer fazer efeito, as drogas serão diminuídas tão rapidamente quanto possível. Se o medica¬mento for realmente um simillimum, a droga alopática deverá ser diminuída mais rapidamente do que a costu¬meira recomendação alopática – mas esse procedimento deve ser cuidadosamente acompanhado pelo médico consultor.