Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 331

risco legal. É lamentável ter que recusar esses pacientes, pois muitos deles são vítimas inconscientes, que teriam cura se fossem tratados homeopaticamente desde o início. No entanto, até termos escolas e hospitais ho¬meopáticos e até existirem médicos altamente habilitados e homeopatas experientes disponíveis à consulta em núme¬ro suficiente, esses casos devem ser recusados.
Agora, apesar da recomendação dada, ocasionalmen¬te haverá casos em que o paciente esteja muito motivado para se livrar das drogas alopáticas com o propósito de ser tratado homeopaticamente, e o homeopata é levado a tentar ajudar o paciente. Em consideração aos homeopatas expe¬rientes, vou tentar descrever alguns princípios que retirei da minha própria experiência que se refere a essa difícil situação. Para começar, esse projeto deve ser aceito so¬mente depois que todas as conseqüências estiverem perfei¬tamente claras tanto para o paciente quanto para o homeo¬pata. É fácil para o paciente, num momento de desespero e esperança, concordar em se submeter aos terríveis sofri¬mentos e riscos que poderão sobrevir. Também é possível que o homeopata, sem ter ainda percebido todas as implicações da situação, concorde em levar o caso adiante – pa¬ ra mais tarde se arrepender da decisão, depois de semanas e meses de crises e noites de insônia. Por essa razão, tanto o paciente como o médico devem pensar com calma sobre a situação, discuti-Ia com os familiares, estabelecendo um acordo somente após uma cuidadosa consideração.
Essas circunstâncias surgem mais comumente nos pa¬cientes que estiveram sob o contínuo tratamento com corti¬costeróides durante muitos anos. Este pode ser apresentado como um modelo geral para os casos tratados com drogas alopáticas.
Deve-se ter o cuidado de tomar o caso de modo completo e cuidadoso em toda a sua história. Se pos¬sível, o caso inicial deve ser colhido antes do início dos corticosteróides. Dificilmente o paciente se