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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 323

Como se decide quando um caso é curável ou incurá¬vel? Antes de mais nada, é impossível fazer esse julga¬mento com certeza absoluta. Os casos realmente sem espe¬ranças virtualmente não existem, mas todo homeopata ex¬periente já encontrou casos em que a melhor prescrição produz resultados muito limitados. Mesmo nesses casos, o médico não "cancela" o paciente por completo, mas o julgamento dos progn6sticos é feito necessariamente com cautela. As. determinações quanto à curabilidade ou à in¬curabilidade de qualquer caso são, como sempre, um as¬sunto altamente individual, e a decisão jamais deve ser considerada como final. Basicamente, os seguintes fatores são levados em consideração:

1. O diagnóstico patológico. Um diagnóstico pato¬lógico grave não significa por si só a incurabilidade, mas é um fator a ser levado em consideração.
2. A resistência da constituição do paciente, princi¬palmente antes do tratamento homeopático inicial. Os pa¬cientes mais jovens, de constituição forte, têm inicialmente mais chance de se recuperar do que os pacientes mais velhos ou debilitados.
3. A natureza da resposta aos medicamentos ante¬riores. Para determinar isso, deve ser revista toda a hist6ria do caso. Talvez o paciente tenha respondido a, digamos, metade dos medicamentos e não tenha tido nenhuma res¬posta quanto aos demais. O simples fato de ter havido alguma resposta por si só não é um sinal encorajador. Se as respostas foram apenas paliativos temporários, o prog¬nóstico é adverso. Se houve um agravamento distinto se¬guido de melhoras duradouras, o prognóstico é mais fa¬vorável.
4. A clareza da imagem do medicamento no momen¬to. Freqüentemente, o homeopata que está simplesmente tratando de um caso nunca estudou o medicamento ne¬cessário. Nesses casos, outro homeopata pode perceber a imagem com muita clareza. Esse