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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 319

durante duas ou três semanas; depois, as drogas devem ser suspensas, dando-se mais uma ou duas semanas ao caso, para que se estabilize antes de se escolher outro medicamento. Assim, também, pode-se in¬dicar café ou cânfora, se as drogas alopáticas forem inapro- priadas ou ineficazes para a mitigação dos sintomas. Os an¬tídotos homeopáticos devem ser evitados, pois provavelmen¬ te trarão mais confusão ao caso.

Casos incuráveis

A terceira categoria dos pacientes que precisam de um tratamento de longa duração é a dos que já cruzaram os limites da incurabilidade. Esses pacientes mostram o menos possível os princípios fundamentais da cura. Os mecanis¬mos de defesa são tão fracos que não suscitam as típicas reações curativas.
Por exemplo, se foi dado a um desses pacientes um medicamento homeopático correto, depois da consulta inicial o paciente pode voltar com a seguinte declaração: "Eu me sinto definitivamente melhor". No grupo desses pacientes, esse relato geralmente significa que o sofrimento agudo foi aliviado de modo considerável, mas que, na verdade, o estado geral de bem-estar não foi afetado. Como o sofrimento anterior era muito sério, esses pacientes têm a impressão de que o estado geral está melhor.
Jamais se pode esperar que os casos incuráveis saltem de um nível maior de saúde para outro mais periférico. O único objetivo razoável é. minorar os sofrimentos ime¬diatos, de forma que o resto da vida do paciente possa ser relativamente confortável.
Nesses casos, as recaídas ocorrem muito rapidamente e com freqüência. Com isso, a imagem do remédio muda quase com toda a certeza, de modo que o médico deve ser bastante perspicaz e estar atento às novas imagens do medicamento.