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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 317

necessárias com freqüência três ou mais prescrições para se lidar com a situação. Sob o impacto de uma enfermidade aguda séria e diversas prescrições homeopáticas, é provável que ocorra uma recaída no nível do progresso anterior. Por exemplo, suponhamos que um caso miasmático profundo tenha sido tratado com três medicamentos durante seis meses, tendo cada um deles um efeito benéfico – mas, seis meses depois, o paciente é atacado por uma bronquite séria. Suponhamos que sejam necessárias três prescrições para controlar a bronquite. Nessa circunstância, é provável que o estado crônico do paciente recaia no estado exatamente anterior à terceira prescrição. Se o quadro de sintoma resultante for o mesmo do terceiro medicamento, deve-se repeti-Io numa potência mais elevada. Se for um quadro de sintoma diferente, no entanto, o novo medicamento deve ser prescrito na potência indicada pela clareza da imagem e pelo grau da mu¬dança patológica.
Nos pacientes pertencentes à segunda categoria, há uma pressão constante para se prescrever um medicamento em cada consulta e durante os momentos intermediários da crise. O paciente está sofrendo muito, e as queixas constan¬tes sempre apresentam uma tentação poderosa de se dar outro medicamento. Se sucumbirmos a essa tentação apenas para deter a queixa, o caso poderá complicar-se. A recupe¬ração das prescrições equivocadas, nos pacientes com me- canismos de defesa fracos, leva um bom tempo – desse modo, as prescrições apressadas, com o tempo, apenas ma¬ximizarão o sofrimento do paciente e minimizarão a reputação do homeopata. Como princípio geral, deve-se deixar que esses pacientes sofram até o limite de sua resis¬tência, prescrevendo-Ihes em seguida Um medicamento apenas quando se tornar clara a nova imagem.
Um conhecimento sólido da patologia física é um pré¬-requisito importante para um homeopata que esteja tratan¬do desses pacientes. É muito fácil deixar que um paciente sofra, sabendo-se que é apenas