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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 315

paciente irá se defron¬tar. Nessa situação, o mecanismo de defesa está tentando provocar uma cura, embora o processo esteja produzindo um sério sofrimento na superfície do corpo. Deve-se esperar até o limite extremo que o paciente possa suportar. Essa situação é uma provação para ambos, tanto o pa¬ciente quanto o homeopata. Se for absolutamente neces¬sária uma nova prescrição, o médico deve estar completa¬mente certo de que a nova imagem sintomática apareceu totalmente e atingiu a estabilidade.
Nesses casos muito difíceis pode ser necessário usar uma série de dois ou três medicamentos em sucessão muito rápida, mas eles sempre devem ser prescritos tendo-se em vista apenas a totalidade dos sintomas. Quaisquer atalhos ou prescrições apressadas trazem o risco real de retardar a cura final do caso por vários meses.
Os casos de profundidade miasmática podem desen¬volver, no processo do tratamento, vários problemas no nível físico em direção à cura. Ao invés de erupções de pele ou supurações, podem desenvolver problemas artríti¬ cos, dores de cabeça ou perturbações digestivas. Mais uma vez, os mesmos princípios também se aplicam. Deve-se medicar esses sofrimentos apenas se eles se tornarem intoleráveis e somente se a imagem do medicamento amadu¬receu e se estabilizou.
O princípio da cura de um órgão mais importante para um menos importante, nos pacientes com predispo¬sições profundamente miasmáticas, apresenta grandes di¬ficuldades. Em termos de localização, a direção pode ser claramente favorável, mas provavelmente a intensidade dos sofrimentos será bastante grande. O paciente, envolvido com sua condição imediata, tende a se queixar que o novo estado de sofrimento é ainda maior do que o anterior, antes de tomar o medicamento. Se a direção for benéfica, no entanto, essa declaração deve ser vista com suspeita. Finalmente, o homeopata deve testar o julgamento do pa¬ciente, ameaçando com a