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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 312

além da repetição do remédio "constitucional" inicial ou de um complementar.
Pode ocorrer que um paciente que pertença a essa pri¬meira categoria apresente o princípio da Lei de Hering, de melhora que se processa de cima para baixo. Isso implica uma erupção de pele que se mostra primeiro na cabeça, depois no peito e, finalmente, nas palmas das mãos ou nos pés. Ou pode-se observar um caso de artrite que apresente uma melhora primeiro na região cervical, mudando-se em seguida para a região lombar e, depois, envolvendo os nervos ciáticos; finalmente, avança em direção aos pés ou mãos. Durante uma resposta curativa, esses avanços ocorrem mais provavelmente num período de três a seis meses e não devem ser interrompidos por mais prescrições. Se, por acaso, o processo "estancar" por um mês ou mais num determinado nível, justifica-se a seleção de um novo medicamento, baseado na totalidade dos sintomas do momento.
Para concluir a discussão a respeito dos pacientes per¬tencentes à primeira categoria, podemos reiterar que eles têm o melhor prognóstico. Seus mecanismos de defesa estão inteiramente fortes e, apesar do diagnóstico patoló¬gico inicial, espera-se que eles sejam aliviados, em todos os níveis, por longo tempo. Esses pacientes demonstram mais claramente o trabalho da Lei de Hering, e a interpre-tação de suas respostas deve ser relativamente fácil para o iniciante. Eles são como os prisioneiros que, de repente, e de modo inexplicável, são postos em liberdade. Todo homeopata deseja, é claro, que esses casos se processem assim, suavemente; o fato de a maioria deles não se pro¬cessar dessa forma não é um reflexo da habilidade de pres-crever do homeopata; ao contrário, prende-se mais à na¬tureza grave dos casos de pacientes que acabam consultan¬do o homeopata em primeiro lugar.