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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 301

para baixo, de dentro para fora, dos órgãos mais importantes para os menos importantes e na ordem inversa do aparecimento dos sintomas. Um importante corolário deve ser acrescentado a essa lei: a cura se processa pela melhora dos planos inter¬nos conjugada com uma aparente descarga, erupção da pele ou das membranas mucosas. Essa complementação da lei original não acrescenta nenhum conceito novo, mas tor¬na mais vívidas as espécies de mudanças que ocorrem du¬rante o processo da cura.
Essa regra de interpretação é uma pauta valiosa para se determinar a ação de um medicamento. Ela simples¬mente expressa de maneira correta os princípios descritos na primeira parte deste livro. Durante o processo da cura, o mecanismo de defesa transforma o grau de vibração que, progressivamente, vai se mudando para níveis cada vez mais periféricos do organismo. Se a cura estiver progre¬dindo, os sintomas se manifestarão em níveis cuja impor¬tância é cada vez menos crucial para a liberdade do indi¬víduo expressar-se plena e criativamente na vida. E esse o conceito subjacente à Lei de Hering. Não o de que existem apenas quatro direções específicas para a cura; na reali¬dade, existe apenas uma direção para a cura, que a lingua¬gem s6 pode descrever claramente pelas quatro observações específicas.
No apêndice B, consideramos a variedade de respos¬tas dos pacientes, que pode ocotrer um mês após a admi¬nistração do primeiro medicamento. A interpretação dessas respostas, às vezes, é uma tarefa difícil; são necessários muito treino e experiência antes que um homeopata adquira conhecimento, discernimento e habilidade suficientes para chegar a uma interpretação correta. Entretanto, tentarei descrever os exemplos mais comuns encontrados na prática diária. Somente termos vagos podem ser usados parades¬crever um fenômeno que, na verdade, é completamente específico; esperamos que mesmo essas generalidades for¬neçam aos estudantes da homeopatia uma estrutura pela qual possam, de modo acurado,