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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 293

para os não internados, a tendência geral de avaliar os casos diária ou semanalmente deve ser desen¬corajada. Embora essas consultas freqüentes possam ser tranqüilizantes para o paciente, elas exercem uma pressão indevida sobre o médico para que "faça alguma coisa". Essa pressão leva facilmente a prescrições que, com o tempo, podem ser disruptivas para o processo ordenado da cura.

Modelo para a consulta de retorno

As consultas de retorno são tradicionalmente esque¬matizadas para durarem menos do que as visitas iniciais. Isso é natural, pois leva tempo para compreender total¬mente o paciente no primeiro encontro; por outro lado, isso não deve, de modo algum, diminuir a importância da consulta de retorno para o homeopata ou o paciente. A atitude do médico deve ser tão cuidadosa e comple¬ta quanto possível, pois as interpelações reais são, de certo modo, maiores durante as consultas de retorno. De¬ve-se fazer anotações com a mesma segurança e sublinhar os sintomas que se seguiram com o mesmo cuidado. A prática comum de anotar as consultas de retorno em termos de anotações simples de "melhor", "pior" ou "sem alteração" não é adequada, pois existem muito mais coisas implicadas.
Para o homeopata, a consulta de retorno apresenta uma série de decisões a serem tomadas de modo infalível:

1. Qual foi a resposta ao primeiro medicamento (in¬dependentemente da interpretação subjetiva do paciente)? O medicamento produziu uma resposta curativa? Foi ape¬nas um medicamento parcial, que produziu apenas mudan¬ças sem importância? Foi supressivo, causando basicamen¬te uma piora no estado geral da saúde do paciente? Ou foi apenas uma prescrição incorreta, que não produziu nenhu¬ma resposta significativa?