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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 292

casos. Se o medi¬camento inicial estiver correto, é plausível esperar que uma grande porcentagem dos casos apresente um resultado interpretável dentro de um mês. Freqüentemente um pa¬ciente não relata nenhuma mudança (ou talvez nenhum agravamento) até vinte dias após o medicamento, mas em seguida ocorre uma melhora definida na última semana, mais ou menos. Por outro lado, somente uma pequena porcentagem de pacientes terá uma resposta curativa que não seja perceptível em um mês.
Às vezes, acontece alguma mudança definitiva um mês depois, mas o significado preciso dessa mudança ainda não é interpretável. Nesse caso, pode ser necessário esperar outros quinze dias ou até outro mês, a fim de se ter cer¬teza da natureza da resposta. Entretanto, a consulta de retorno, feita um mês depois, jamais é perdida, pois muitos detalhes valiosos são coletados, podendo ser de grande aju¬da nas interpretações posteriores.
Um princípio importante, que deve ser sempre lem¬brado, é que não é absolutamente necessário dar um me¬dicamento em cada consulta. Essa prática é uma pressupo¬sição derivada da filosofia alopática, onde predomina a prescrição, mas isso pode ser seriamente desaconselhado num caso homeopático. Se o curso dos acontecimentos ou a imagem do medicamento não estiverem suficientemente claros, então, a melhor prescrição é sempre "uma tintura de tempo". Podemos sempre confiar que o mecanismo de defesa produzirá a imagem necessária se lhe dermos tempo suficiente (pressupondo um melhor conhecimento por parte do homeopata para interpretar a imagem que está tentando produzir).
Naturalmente, sempre existem circunstâncias em que o paciente deve ser visto antes de um mês. Sobretudo em pacientes com mudanças patológicas muito sérias, o andamento da enfermidade pode ser mais rápido, tornan¬do-se necessário ver o paciente até mesmo poucos dias após o medicamento inicial. É o caso dos pacientes hospitalizados;