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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 287

homeopata durante as consultas de retorno. Po¬de-se na verdade dizer que a consulta de retorno, mais ainda do que a entrevista inicial, exige maior conhecimen¬to, sensibilidade e discernimento por parte do homeopata. É durante as consultas de retorno que toda a gama de conhecimentos da homeopatia se faz valer. Os princípios que envolvem as decisões tomadas durante essas consultas são verificáveis e científicos no sentido mais verdadeiro; por outro lado, sua aplicação demanda tal complexidade em cada caso individual que ela só pode ser considerada uma arte.
A tendência natural dos homeopatas é focalizar sua atenção principalmente na descoberta do medicamento. Nas conferências, nos grupos de estudo e nas consultas a outros homeopatas, o principal tópico geralmente é: deve-se pres¬crever este ou aquele medicamento? Isso naturalmente é muito apropriado para a primeira prescrição, mas uma questão bem mais importante na consulta de retorno é: "O que está realmente acontecendo?" Para se chegar a uma resposta, exige-se um conhecimento profundo da teoria homeopática; além disso, em muitos casos, trata-se de ques¬tões às quais é difícil responder. Somente depois de decidir qual a resposta mais adequada é que o homeopata poderá optar entre continuar o tratamento ou suspendê-Io. Se a opção for continuar o tratamento, será preciso estabelecer se se mantém o medicamento ou se há a necessidade de se mudar sua potência.
O paciente também depara com novos desafios duran¬te as consultas de retorno. Na entrevista inicial ele geral¬mente fica impressionado com a incrível quantidade de detalhes de que o homeopata necessita. Isso pode levar a uma tendência a se deter nos detalhes em vez de se visar a mudança do padrão geral. Há um forte desejo de comu¬nicar a informação precisa, que é necessária, mas também há uma grande esperança de que o medicamento esteja realmente atuando. Cada paciente responde de uma deter¬minada maneira a estas pressões.