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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 286

spmente ao complexo sintomático inicial e à descoberta do primeiro medicamento. Embora seja ver¬dade que em qualquer caso a prescrição mais importante é a inicial, deve-se entender que a capacidade de interpre¬tar corretamente a resposta do paciente ao medicamento inicial tem a mesma importância. Parece, mais fácil, para o homeopata, abordar a consulta de retorno como uma simples questão onde se decide se o paciente reagiu ou não à prescrição inicial. Se o paciente expressa satisfação, o médico respira aliviado e, confiante, recomenda a mais comum de todas as prescrições homeopáticas: "Espere". Se, por outro lado, o paciente não se mostra satisfeito e, aparentemente, pouca coisa aconteceu, então o homeopata se acomoda à tarefa de tentar decidir uma prescrição melhor.
Na realidade, a verdadeira significação é muito mais complexa do que isso, e as decisões tomadas durante as consultas de retorno não podem ser feitas de modo sim¬plista ou casual. Embora a primeira prescrição seja a de¬cisão mais importante da homeopatia, a prescrição feita no retorno é, provavelmente, a mais difícil. Na primeira en¬trevista, o objetivo é relativamente simples: analisar o caso de modo a chegar ao medicamento correto. As con¬sultas de retorno, no entanto, implicam julgamentos muito mais complexos. O paciente está melhor de verdade? O medicamento está produzindo a resposta desejada, ele fa-lhou ou produziu somente um efeito parcial? Agora que é conhecida a resposta à prescrição inicial, qual seria o verdadeiro prognóstico do paciente? Deve ser dado um medicamento a essa altura, ou a potência deve ser mudada? É hora de esperar por mais melhoras? Talvez fique claro que o paciente não reagiu de modo apropriado ao medicamento inicial; a imagem do medicamento atual está bastante clara para permitir outra prescrição? Ou é neces¬sário mais tempo para que surja a imagem?
Estes são apenas alguns dos dilemas com que se de¬fronta o