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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 284

pro¬duzido uma crise curativa enquanto outro está funcionan¬do como antídoto contra qualquer progresso anterior que porventura estivesse em andamento? Um medicamento pode agir em poucos dias, enquanto o outro começa a surtir efeito depois de uma semana? O paciente é especial¬mente sensível a qualquer substância em particular? Se for, a qual substância ele reage? Se o agravamento for julgado realmente sério, como achar o medicamento se¬guinte para salvar o paciente?
Ao contrário, suponhamos que seja dada uma combi¬nação de seis medicamentos a um paciente e ocorram me¬lhoras definidas num período de três meses. Qual dos medicamentos produziu a melhora? Se a melhora for ape¬nas temporária, como poderá ser escolhido em seguida um medicamento que se relacione com ela? Suponhamos que o medicamento ativo foi dado numa potência muito baixa para a cura permanente; como decidir, então, que medi¬camento dar em potência mais alta?
Existem outras questões ainda. Se os medicamentos são privados no contexto de experimentações separadas, cuidadosamente conduzidas, o que aconteceria se eles fos¬sem combinados? Seria a ação resultante apenas uma mis¬tura das experimentações separadas, uma "soma das par¬tes"? Ou o resultado seria um quadro sintomático dras¬ticamente diferente? Nenhuma experimentação jamais foi feita com medicamentos combinados; desse modo, como é possível prever os conjuntos de sintomas que essas com¬binações podem curar?
A prática de receitar combinações de medicamentos obviamente viola todas as leis fundamentais da homeopa¬tia – e o senso comum, também. Entretanto, é prática normal em algumas partes do mundo. Alguns homeopatas tomam um caso, não conseguem perceber um medicamento que cubra a totalidade dos sintomas e, desse modo, criam uma combinação de medicamentos, cada um dos quais (de acordo com sua estimativa) para cobrir uma parte do caso. Para piorar