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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 278

definir, pois em qualquer caso é impos¬sível dizer o que teria acontecido se uma potência diferen¬te tivesse sido dada. Suponhamos que um paciente se quei¬xe de artrite, asma e ansiedade; receita-se Arsenicum na potência 30 e acontece uma cura duradoura num período de seis meses. Poder-se-ia conjecturar que uma potência 10M teria produzido uma cura em três meses; no entanto, isso não pode ser comprovado. Além do mais, é impossível comparar dois casos que parecem semelhantes e, em segui¬da, determinar duas potências diferentes; dois casos nunca são exatamente iguais. Desse modo, um não pode ser com¬parado a outro. A única circunstância em que essas com¬parações têm alguma validade é durante uma epidemia vi¬rótica na qual muitos pacientes precisam do mesmo me¬dicamento; na verdade, é nessa circunstância que é possí¬ vel demonstrar, de forma convincente, a eficácia das potências mais altas, mas essa experiência não pode ser necessariamente transferida para os casos crônicos. Estes im¬plicam uma ampla variedade de fatores e, assim, qualquer linha de ação para a seleção da potência das doenças crô¬nicas somente pode ser considerada em impressões gerais.
Existem certos tipos de casos nos quais devem ser usadas potências relativamente baixas, pelo menos no iní¬cio. Aos pacientes de constituição fraca, pessoas idosas ou hipersensíveis, inicialmente deve-se receitar potências que abranjam, de forma aproximada, de 12X a 200. A razão para tanto é que as potências mais altas podem su¬perestimular os mecanismos de defesa enfraquecidos, re¬sultando em desnecessários e poderosos agravamentos (os agravamentos serão discutidos no próximo capítulo). Tal princípio se aplica particularmente aos pacientes conheci¬dos como portadores de uma patologia específica no nível físico – isto é, arteriosclerose, câncer, doença da artéria coronária. Quando a patologia alcança um estágio adian¬ tado no nível físico, a constituição do organismo enfraque¬ce e