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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 277

ocasionalmente produzir resultados satisfatórios. Às vezes, o estudo mais cuidadoso e delicado de um caso feito por um médico experiente chegará ao mesmo medi¬camento que um médico de "tônica" teria escolhido em alguns minutos. Nesse caso, o homeopata cuidadoso pode parecer tolo ou até ignorante. No entanto, as prescrições feitas pela "tônica" não produzem resultados confiáveis e consistentes. Os medicamentos corretos podem ser sele¬cionados aqui e ali, mas não virtualmente em todos os casos – o que é possível pela aplicação estrita dos prin¬cípios homeopáticos profundamente entendidos.

A seleção da potência

Tão logo um medicamento é selecionado, a decisão se¬guinte com que o médico se depara é a escolha da potên¬cia. Para tanto, não existem regras fixas, e a experiência e a observação têm um papel muito importante. Daremos aqui algumas linhas gerais, mas elas não devem ser ado¬ tadas como "regras".
Há uma tendência, particularmente entre os iniciantes, a dar muita atenção à seleção da potência. Por mais estra¬nho que pareça, é mais comum perguntarem a um instru¬tor homeopático por que uma potência em particular é se¬lecionada num determinado caso ao invés de questionarem o motivo pelo qual um medicamento em particular é se-lecionado. A realidade é que a seleção da potência tem im¬portância secundária em relação à seleção do medicamento. A lei dos semelhantes é a principal lei da cura, e o pro¬cesso de potencialização é apenas um fator acessório. Se for selecionado o medicamento correto, ele agirá de modo curativo em qualquer potência, embora uma potência cor¬reta aja de modo mais suave, para conforto do paciente; ao contrário, um medicamento incorreto tanto pode ser inativo quanto disruptivo para um caso, não importa sua potência.
Linhas de ação próprias para a seleção da potência são difíceis de se