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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 275

circunstância, mesmo o homeopata experiente de¬dicará tanto tempo e cuidado à seleção do medicamento quanto o iniciante. Na verdade, o procedimento para a seleção de um medicamento, nesse caso, é essencialmente o mesmo que seria verdadeiro para o iniciante. A totali- dade é considerada de modo cuidadoso, todas as incertezas são levadas em conta, as rubricas apropriadas são re¬vistas no Repertório e, por fim, é dada atenção particular aos sintomas característicos. O caso deve ser bem pensado; talvez seja feito um julgamento pouco conciliatório. Entretanto, a prescrição final combinará tanto quanto poso sível a totalidade dos sintomas do paciente com as manifestações do medicamento.
Nesses casos complexos, talvez seja necessário "expul¬sar" os importantes sintomas mentais ou gerais e se apoiar nos sintomas que parecem menos significativos, mas que são mais característicos. A maneira precisa pela qual isso é feito não pode ser adequadamente descrita num livro. Cada caso é tão singular que seria impossível fazer gene¬ralizações a respeito dos julgamentos. Eles vêm com a experiência e, em grande parte, somente podem ser apren¬didos com supervisão. Esses julgamentos pertencem mais ao domínio da arte do que ao da ciência, embora sempre haja razões muito convenientes para eles.
Com freqüência, são encontrados casos nos quais existem muitos sintomas comuns e apenas dois sintomas característicos. E impossível ter uma totalidade distinta dos sintomas. A repertorização é feita, mas como os sintomas são comuns, um grande número de medicamentos – inevi¬tavelmente os mais largamente experimentados -que cha¬mamos de "policrestos", são indicados. Essas análises e a repertorização têm poucas possibilidades de produzir o me¬dicamento correto. Nessa situação, é permitido focalizar somente os sintomas peculiares – desprezando até a reper¬torização. O medicamento é selecionado pelas rubricas que descrevem os sintomas peculiares,