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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 272

bem como alguns sintomas menores, mas alguns do meio não o são. Se o restante da repertorização não produziu uma solução óbvia, esse medicamento também deverá ser considerado.
Ele deve ser comparado com quaisquer sintomas caracte¬rísticos e, depois, cuidadosamente estudado nas materia medicas. Como existem muitas incertezas envolvidas na tomada de caso, em termos de relação e gradação dos sintomas, bem como no registro das experimentações no Repertório, descobre-se com certa freqüência que o si¬millimum não cobrirá todos os sintomas importantes num caso. Nessa circunstância, deve ser feita uma indagação cuidadosa a respeito dos sintomas ausentes nas consultas subseqüentes para que fique caracterizado se eles desapareceram como parte de uma cura integral do paciente; se isso ocorrer e for confirmado em outros pacientes, esse medicamento pode ser acrescentado à rubrica por ter pro¬duzido um "sintoma curado".
Usando esse procedimento tedioso e cuidadoso, o homeopata aumentará regularmente seu conhecimento da materia medica. Mais ou menos dez anos dessa prática e o rótulo de "iniciante" não lhe será mais apropriado. Ao ganhar cada vez mais experiência, o processo de reper¬torização poderá ser um pouco agilizado, utilizando-se um procedimento de "eliminação". Essa modificação deve ser empreendida somente depois que o homeopata tiver ganho amplo conhecimento da materia medica, pois reduz de ma¬neira drástica a oportunidade de considerar todos os medi¬camentos possíveis.
A "eliminação", na repertorização, é feita primeiro através de uma lista criteriosa dos sintomas principais. Os sintomas mais característicos são retirados e ordenados de acordo com sua importância. Isso tem de ser feito com extremo cuidado, levando-se em conta diversos fatores: a gravidade do sintoma, seu nível hierárquico, se ele representa fortemente a patologia essencial do paciente, seu tempo em relação à evolução da patologia corrente, etc.