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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 269

A circunstância mais comum, nO entanto, é uma mis¬tura dos quadros dos sintomas. Um paciente, por exemplo, pode apresentar um sintoma mental altamente característi¬co de Pulsatilla, o que – faz, naturalmente, o médico acre¬ditar que Pulsatilla será o medicamento. Depois de uma maior indagação, no entanto, revela-se que nenhum outro sintoma virtualmente confirma Pulsatilla; além do mais, o paciente queixa-se de sentir muito frio e de ter vontade de comer gorduras (dois sintomas que vão diretamente contra Pulsatilla). Nessa circunstância, o homeopata definitivamente não deve ceder à tentação de prescrever Pul¬satilla. Deve estudar e pensar para descobrir um medica¬mento que cubra verdadeiramente a totalidade dos sinto¬mas. Todos os sintomas podem não ser englobados, mas espera-se encontrar um medicamento que tenha efeito sobre a maior parte dos sintomas mais importantes.
É comum que uma reunião de sintomas aparentemente confusa e sem nenhuma relação entre si pareça não se ajustar a qualquer medicamento simplesmente por causa da falta de conhecimento do médico. Alguém com maior conhecimento e experiência pode perceber perfeitamente o medicamento correto. Mas o que fará o iniciante nessa circunstância?
O melhor procedimento é "repertorizar" o caso. E feita uma lista cuidadosa dos sintomas do paciente, de acordo com os procedimentos apresentados no capítulo 13. Deve-se pensar muito na escolha dos sintomas a serem usados na repertorização e, em seguida, procurar relacio¬ná-los conforme sua verdadeira ordem de importância.
Primeiramente, os sintomas bem característicos (aque¬les que indicam apenas alguns medicamentos no Repertó¬rio) devem ser excluídos da repertorização formal.
Em seguida, começando com o sintoma que está no início da lista, o homeopata escreve numa folha de papel cada medicamento