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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 265

dias. Em sua história pas¬sada torna-se claro que o paciente foi muito sensível quando criança e mais tarde sofreu vários desapontamen¬tos sérios. Com o passar dos anos, tudo se tornou estres¬sante: conhecer novas pessoas, procurar emprego, mudan¬ça de residência – tudo é sentido como um grande estresse e exige do paciente dias para se recobrar. A histó¬ria da família revela uma forte ocorrência de câncer e diabetes, tendo alguns parentes sido internados por per¬turbações mentais. Para um homeopata, esse caso é rapi¬damente reconhecido como sujeito a um prognóstico pobre. Os melhores exames de laboratório podem até revelar ape¬nas "osteoartrite". No entanto, o homeopata sabe que dentro de alguns anos o paciente provavelmente desenvol¬verá uma enfermidade patológica séria; mesmo um bom tratamento homeopático será repleto de dificuldades. Nesse caso, uma receita parcial, ou harmonizada incorretamente, pode criar uma tal devastação, que as prescrições poste¬riores se tornem quase impossíveis de discernir.
O paciente procura o homeopata não apenas pela prescrição, mas também para informar-se quanto ao que deve esperar, se sua condição é curável, quanto tempo levará, etc. Se as expectativas forem falsamente projetadas, de forma que o paciente espere com prazer por um alívio extraordinário dentro de poucos meses, os estágios poste-riores dos problemas que estão por vir e que serão experi¬mentados na direção da cura podem tornar-se profunda¬mente desapontadores. Nessa circunstância, o paciente ten¬derá a ficar tão desencorajado que abandonará por com¬pleto a homeopatia.
Por conseguinte, é importante começar o estudo de um caso com um julgamento relativo à sua gravidade. No primeiro exemplo apresentado, o homeopata pode ter a certeza de que uma boa prescrição resultará num rápido e duradouro alívio dos sintomas. No segundo exemplo, no entanto, o prognóstico é muito mais cauteloso; o paciente não deve ser levado a crer que o progresso será rápido ou