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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 256

totalidade dos sintomas com a do medicamento. Essa combinação exige estudo e discemi¬mento. Deve-se sempre lembrar que o repertório é apenas um auxiliar para esse processo de combinação.
É importante recordar também que o Repertório, por mais admirável que seja, é incompleto. O conhecimento de Kent era vasto, mas não podia incluir tudo. Com mais experiência, os homeopatas provavelmente descobrirão me¬dicamentos arrolados de modo incorreto no Repertório. Haverá muitos acréscimos às observações clínicas de sintomas curados, bem como dados dos modernos experimentos, tanto de medicamentos antigos como de novos. Mesmo os medicamentos testados como Sulphur, Calcarea carbonica ou Natrum muriaticum podem apresentar e curar sintomas ainda não registrados no Repertório. Por conse¬guinte, é importante não ver o Repertório como uma refe¬rência absoluta, final, embora ele seja uma grande inspi¬ração para o trabalho. Trata-se de um instrumento indispensável, mas não é a palavra final.
Descrito de modo simples, o Repertório é um livro maciço, que contém uma relação detalhada dos sintomas (chamados "rubricas") a que se seguem os vários medica¬ mentos que demonstraram esse sintoma, tanto nos experimentos, como nos casos clínicos curados.
No Repertório de Kent, os medicamentos são listados em três gradações: aqueles em que o sintoma específico é representado com maior intensidade têm sua freqüência impressa em negrito e três pontos; os que mostram o sinto¬ma com intensidade moderada estão impressos em itálico e têm dois pontos; os que demonstram menor intensidade e freqüência são impressos em tipo comum e têm um ponto.
A presença ou ausência de um medicamento numa determinada rubrica, bem como sua gradação, está sujeita a atualização, conforme a experiência dos homeopatas ca¬pacitados. O homeopata deve manter regularmente um re¬ gistro dos sintomas que foram curados no