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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 251

crônicas, ou com uma tendência à constipação, mas o homeopata descobre, ao tomar o caso, que o paciente tem um grande número de fobias, ansiedades e possui uma resistência muito baixa, quadro que se apresentou durante toda a sua vida. Nesse caso, as queixas originais são virtualmente ignoradas na avaliação dos sintomas e, em vez disso, são relacionadas as principais limitações à liberdade do paciente.
Na figura 15, os sintomas de maior importância estão dispostos no ápice do diagrama e os de menor importância, embaixo. Um sintoma mental de grande intensidade, que também é muito peculiar, recebe o maior peso na avaliação; por exemplo, esse sintoma pode ser "irritabili-dade apenas quando está só" ou "irritabilidade apenas quando está lendo", ou "ansiedade que melhora com be¬bidas frias".
Por outro lado, um sintoma comum, que afeta apenas uma parte localizada do corpo, e que interfere apenas oca¬sionalmente na vida do paciente, é considerado de impor¬tância mínima. Exemplo desse tipo de sintoma pode ser uma calos idade na planta do pé, algumas verrugas nos dedos, ou até uma pequena mancha no rosto, que é signi¬ficativa para o paciente apenas por motivos estéticos.
Para os propósitos da prescrição homeopática, o sin¬toma peculiar é aquele que não é só incomum à experiên¬cia humana, mas também está arrolado no Repertório como uma rubrica com poucos medicamentos. Por exemplo, um paciente pode descrever o delírio paranóico constante de que todos estão tentando insultá-lo. Este, por certo, é um sintoma incomum da experiência humãna, mas não tem nenhum valor para a homeopatia, pois não está descrito nos experimentos com os medicamentos. Por outro lado, um paciente pode se queixar de uma poderosa sensação de medo que sobrevém somente quando ouve música; no Repertório homeopático, esse sintoma é encontrado em apenas dois medicamentos (Digitalis e Natrum carbo¬nicum); desse modo, ele pode ser de grande valor para