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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 245

Enfrentando um caso agudo

Doença aguda é aquela que se autolimita. Caracteri¬za-se por um período latente, um período de exacerbação e um período de declínio dos sintomas, que tanto pode re¬ sultar na cura como na morte. As doenças agudas são aque¬las em que o próprio mecanismo de defesa é capaz de lidar com a perturbação por si mesmo. Numa doença realmente aguda, a seqüela crônica não acontece. Na verdade, todas as condições crônicas preexistentes retiram-se para o fundo durante a moléstia aguda, retornando mais tarde.
O objetivo do medicamento homeopático na moléstia aguda é o de simplesmente acelerar os processos naturais postos em ação pelo mecanismo de defesa. O homeopata apenas precisa prescrever de acordo com os sintomas mais acentuados da fase aguda e ignorar os sintomas subjacentes, que pertencem ao estado crônico. Isso é relativamente fá¬cil, pois os sintomas agudos estão vívidos e frescos na mente do paciente. O importante é descobrir as reações específicas geradas pelo mecanismo de defesa em resposta apenas ao estímulo agudo.
Durante a doença aguda, o homeopata reúne informa¬ ção de três fontes. A primeira, idealmente, é a do ambiente físico do paciente. Se possível, é extremamente importante uma visita domiciliar durante uma doença aguda grave. O homeopata observa se o quarto está mal iluminado ou exposto à luz do dia, se a janela está aberta ou fechada, se o paciente está todo coberto ou bem à vontade, se está sendo usada uma bolsa de água quente, se o paciente está de cama, se há garrafas cheias de água gelada ou chá na ca¬beceira, se há uma cadeira para as visitas, etc. Além disso, o paciente é observado diretamente: a expressão é ansiosa, pacífica, invulgarmente alegre ou entorpecida? A tez é pálida ou corada? Os