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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 244

indivíduos estão num estado lastimável. A imagem que poderia surgir de seus mecanis¬ mos de defesa há muito foi suprimida para níveis mais pro¬fundos; perderam de vista suas habilidades de autopreservação, tornando-se viciadas da indústria da saúde. Casos como esses virtualmente não têm esperança de que um homeopata alcance algum sucesso. A menos que esses pa¬ cientes tenham um desejo profundo de retomar às leis fundamentais da natureza e da cura, estarão condenados a continuar sua peregrinação por consultórios médicos, in¬gerindo narcóticos e provocando acentuada degeneração de suas condições crônicas.
Cada um desses grupos de casos difíceis representa uma questão aos que estão familiarizados com o misticismo oriental: quais são as implicações cármicas do tratamento homeopático? Ao prescrevermos um medicamento, estare¬ mos curando um estado de sofrimento destinado a ser um estímulo para o crescimento espiritual? A resposta a essa pergunta está no fato de que em primeiro lugar são necessárias muita inteligência e perspicácia para que um pacien¬te inicie uma terapia homeopática, que coopere com o pro¬cesso de auto-observação e confissão necessários à desco¬berta de um medicamento. Além disso, é indispensável uma enorme paciência para permitir que o andamento da cura se complete por si mesmo sem nenhuma interferência. A homeopatia exige muito de seus adeptos. Em seus hábitos de vida, eles devem se conformar com uma dieta relativa- mente natural e espontânea; evitar substâncias que possam interferir no funcionamento do mecanismo de defesa; observar suas respostas aos vários estímulos com o máxi¬mo de simplicidade e objetividade; e estar desejosos de expressar a verdadeira experiência de seu estado interior de desequilíbrio. Se um paciente tiver completa certeza de querer empreender essa tarefa complexa, as influências cármicas da doença se encarregarão do processo de cura.