Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 235

possível, o melhor é se prender o máximo à fra¬seologia do paciente.
Também é importante abster-se de pôr as palavras na boca do paciente. As perguntas devem ser formuladas de modo não dirigido; assim se evitará que o paciente dê a resposta que, no seu entender, o homeopata espera receber. Por exemplo, o entrevistador pode perguntar: "Como você reage às mudanças do tempo?" O paciente, diante dessa pergunta, tem possivelmente diversas respos¬tas e é, por conseguinte, encorajado a examinar a questão à luz da verdadeira experiência pessoal. Ou, então, a per¬gunta deve ser feita assim: "Você tem quaisquer desejos ou aversões particularmente fortes?", ao invés de ser uma pergunta dirigida, como: "Você tem necessidade de do-ces?”
As perguntas diretas, como as formuladas para respos¬tas categóricas nos questionários (sim ou não), devem ser evitadas a todo custo. Por exemplo, se um paciente res¬ponde afirmativamente à pergunta: "Você tem necessidade de doces?", a resposta não deve ser registrada. Para veri¬ficar se isso é realmente uma expressão patológica da indi-vidualidade do paciente, devem ser feitas mais perguntas para confirmar sua validade: "Essa necessidade é muito forte?" "Quantas vezes você a sente?" "Seria difícil abster¬se dela?" "Pode dar o exemplo de uma circunstância em que você mais sente essa necessidade?”
Perguntas hipotéticas também devem ser evitadas. Por exemplo, nenhuma informação útil viria de uma resposta a uma pergunta do tipo: "Você ficaria irritado/a se, atra¬sado/a para um encontro, tivesse que parar à espera da passagem de um trem inusitadamente longo num cruza¬mento ferroviário, enquanto as crianças no banco de trás gritam e brigam entre si?" Essa pergunta não forneceria ne¬nhuma informação verdadeiramente expressiva do meca¬nismo de defesa do paciente.
Às vezes, o paciente não tem nenhuma resposta par¬ticular para dar à