Books

HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 233

sutis (verbais ou não verbais) por nós utili¬zados para avisar os demais de que, a partir daquele ponto, estão entrando numa área "privada". A maior parte dessa comunicação é feita subliminarmente. O entrevistador ho¬meopata, no entanto, deve tornar-se hábil na apreensão des¬ses sinais. Talvez o melhor seja ser sensível ao seu próprio grau de tensão emocional. ‘Se, durante o curso de uma entrevista, o homeopata sentir um embaraço a respeito de um determinado tópico (contanto que, naturalmente, este não seja apenas um ponto frágil do próprio homeopata), essa área deve ser mais explorada, de maneira delicada e sensível, mas resolutamente.
Os homeopatas são tão humanos quanto qualquer pes¬soa; por conseguinte, gostam de ser apreciados e respeita¬dos por seus pacientes. Essa motivação em si mesma pode evitar que o homeopata sonde áreas delicadas. Se houver uma área sensível, o homeopata tem a responsabilidade de encorajar o paciente – sem fazer julgamentos e com cuida¬do – a descrever abertamente o sintoma. Com freqüência, a sondagem delicada desses domínios provocará no pacien¬te uma crise nervosa, manifesta em choro, agitação ou ira. Se os sintomas forem comunicados com essa carga emocio¬nal, sua expressão será benéfica para o paciente e de gran¬de valor para o homeopata. Nesses momentos, o paciente baixa a guarda, sendo pois qualquer expressão que ocorra profunda e essencial ao caso.
Para alguns, essa abordagem pode lembrar o método catártico de uma entrevista psicanalítica. É verdade que a habilidade implicada numa entrevista homeopática é, de modo superficial, parecida com a habilidade necessária na psicanálise, mas o propósito de deduzir os sintomas é total¬mente diferente. Na homeopatia, esses sintomas são desta¬cados com o propósito de entender profundamente a ver¬dadeira patologia, o modo preciso pelo qual o mecanismo de defesa está agindo, visando determinar o medicamento mais apropriado que possa levar à cura. Um psicanalista, ao descobrir um pensamento,