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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – page 227

sem ser julga¬do, acabará proporcionando ao homeopata sua essência interior. Em última análise, o processo fundamental da homeopatia é a combinação dessas duas imagens vívidas, ou essências.

Deduzindo os sintomas

Durante a entrevista, o homeopata fica relativamente em silêncio, fazendo apenas algumas perguntas discretas para esclarecer um ponto, demonstrar vivo interesse pela dissertação do paciente, ou para dirigir a narração a aspectos mais relevantes. Esse é um processo suave, cata¬lítico, e não apenas uma forma aborrecida, mecânica ou rotineira de recolher dados. O homeopata se envolve de maneira ativa e íntima com a revelação do paciente. Não é uma entrevista semelhante à conduzida por um questio¬nário escrito. O objetivo não é obter a maior quantidade possível de dados, mas, ao contrário, deduzir uma imagem viva da essência da patologia interna do paciente.
A maior parte das entrevistas começa, naturalmente, pedindo-se ao paciente que descreva tudo o que percebe como problema no momento. Geralmente, os pacientes fa¬lam a respeito dos males físicos, e as descrições se caracte¬rizam por uma certa superficialidade. Na maioria das vezes, eles focalizam informações de natureza alopática – ¬testes de laboratório, diagnósticos de outros médicos, etc. O entrevistador deixa o paciente continuar a narração até esgotar o assunto.
De início, é importante que o homeopata fique intei¬ramente informado a respeito da natureza alopática da queixa. Embora esse conhecimento seja de pouca importân¬cia para a prescrição do medicamento homeopático, ele é muito importante para o julgamento do grau de seriedade do sintoma apresentado no momento e, particularmente, para a compreensão do prognóstico patológico para o