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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 188

testa as drogas em animais e, depois, em seres humanos doentes. O teste com animais é, naturalmente, inadequado para qualquer propósito terapêutico verdadeiro, pois os únicos sintomas que podem ser registrados são os sintomas físicos mais grosseiros. Para os propósitos homeopáticos, o teste de drogas feito em seres humanos doentes tampém é inadequado, já que os sintomas da doença podem confundir-se facilmente com os efeitos da droga. De qualquer modo, é óbvio que as drogas alopáticas são testadas apenas na sua capacidade de funcionar como paliativos dos sintomas ou síndromes específicos e não pelo efeito que podem ter sobre a saúde geral do paciente.
Quando uma substância é administrada num organismo, existem duas fases de resposta. O efeito primário ocorre imediatamente, dentro de poucas horas ou dias; este representa a "fase de excitação" da reação, que geralmente é um tanto violenta. O organismo, em sua tentativa de restabelecer o equilíbrio, compensa a si mesmo, então, com um efeito secundário. Esse tem, geralmente, um período de reação aproximado de duas vezes o tempo da reação primária. Os sintomas gerados nessa segunda fase podem ser opostos aos sintomas da primeira fase. Em qualquer experimentação, é importante registrar os sintomas das duas fases, mesmo que eles pareçam contraditórios. Cada fase representa uma manifestação característica da ação do mecanismo de defesa e, por conseguinte, deve ter a mesma importância.
Os medicamentos homeopáticos são derivados de planta, mineral, animal e produtos de doença (ou de drogas alopáticas potencializadas), e todos têm um preparo altamente padronizado. Nos países onde a homeopatia é muito difundida, a rigorosa qualidade dos medicamentos é assegurada pela conformação às farmacopéias homeopáticas muito detalhadas, usadas como modelos universais.
Além disso, a própria técnica da experimentação deve ser cuidadosa,