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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 186

nele excitando vários sintomas morbíficos definidos, conclui-se que, quando os remédios agem como medicamentos, eles podem apenas fazer funcionar sua propriedade curativa mediante esse poder de alterar o estado de saúde do homem, produzindo sintomas peculiares; e assim, por conseguinte, temos que confiar somente nos fenômenos morbíficos que os remédios produzem no corpo saudável como a única revelação possível de seu poder curativo inerente a fim de aprender qual o poder que cada remédio possui em particular para produzir a doença e, ao mesmo tempo, a cura."

Vemos, assim, que o propósito da experimentação de um medicamento é registrar a totalidade dos sintomas morbíficos produzidos por essa substância em indivíduos saudáveis; e essa totalidade, portanto, constituirá as indicações curativas sobre as quais será prescrito o medicamento curativo para o indivíduo doente.
Provavelmente esse conceito, de que qualquer substância, literalmente, pode ter um espectro amplo e variado de sintomas altamente individuais, é novo para muitos. De fato, quando houver a possibilidade de variar a dosagem da substância, esse espectro de sintomas pode tornar-se evidente por meio de comprovação cuiaadosa. O fato de as substâncias realmente produzirem reações específicas é claramente afirmado por Hahnemann no Aforismo 30:

"O corpo humano parece admitir ser afetado de maneira muito mais poderosa, em sua saúde, pelos remédios (em parte porque temos o regulamento da dose em nosso próprio poder) do que pelos estímulos morbíficos naturais – pois as doenças naturais são curadas e dominadas por remédios apropriados."

É possível, na verdade, envenenar um organismo com qualquer substância, se for administrada em quantidade suficiente. Isso é