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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 168

construídas. As doenças específicas que Hahnemann associou com a psora iam virtualmente desde todas as enfermidades físicas, inclusive o câncer, diabetes, artrite, etc., até as mais graves doenças mentais, como a epilepsia, a esquizofrenia e a imbecilidade.
Hahnemann acreditava que o segundo miasma a afetar a raça humana foi o miasma sifilítico. A doença específica da sífilis era considerada uma das manifestações dessa predisposição, mas estava também implicada numa extensa escala de outros distúrbios encontrados nos últimos estágios de outros miasmas. Ele acreditava que os pacientes que sofrem do miasma da sífilis adquiriram essa influência pela exposição à sífilis ou pela hereditariedade de um ancestral contaminado – sendo essa característica transmitida de geração para geração.
O terceiro miasma hahnemanniano é o miasma da sicosi (raiz da palavra grega "syco", que significa "figo"). Ele achava que esse miasma havia surgido da gonorréia, contraída tanto pelo próprio paciente quanto por um de seus ancestrais.
Deve-se esclarecer que Hahnemann não levava em consideração os micróbios atuais, o espiroqueta ou o gonococo, como causa específica dos miasmas venéreos. Consideravam-se esses micróbios, assim como todos os agentes causadores de doença, como possuidores de influência morbífica no plano dinâmico. Se o paciente estiver enfraquecido pelo miasma psórico, expondo-se a seguir a uma doença venérea por contato sexual, essa combinação leva ao mal e, em seguida, ao miasma. Nem todo mundo que realmente adquire gonorréia progride para o miasma da sicosi; somente uma porcentagem relativamente pequena o desenvolve, mas logo que essa "mácula" se implanta no plano dinâmico do organismo é passada adiante de geração para geração.
Um equívoco comum a respeito da teoria miasmática é o de que as condições patológicas específicas resultam de miasmas específicos.