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HOMEOPATIA: CIENCIA E CURA – Page 145

II. Ou se a nova doença dessemelhante for mais forte.
Neste caso, a doença de que o paciente antes padecia, sendo mais fraca, será contida e suspensa pela superveniência da mais forte, até que esta complete seu curso ou seja curada e, então, a antiga reaparece, incurada. Duas crianças afetadas por uma espécie de epilepsia ficaram livres dos ataques depois de contraírem uma infecção de tinhà (tínea); mas tão logo desapareceu a erupção na cabeça a epilepsia manifestou-se novamente exatamente como antes… Assim, também a tísica pulmonar permaneceu estacionária quando o paciente foi atacado por um violento tifo, mas continuou novamente depois que este completou seu curso. Se ocorrer mania em um paciente tuberculoso, a tísica com todos os seus sintomas será eliminada pela primeira; mas se esta desaparecer, a tísica retomará imediatamente, sendo fatal… E assim é com todas as doenças dessemelhantes; a mais forte suspende a mais fraca (quando uma não complica a outra, o que quase nunca acontece com as doenças agudas), mas elas nunca se curam uma à outra.

Aforismo 40
lII. Ou a nova doença, depois de ter agido durante muito tempo no organismo, junta-se por fim à antiga, que lhe é dessemelhante, e forma com ela uma doença complexa, de forma que cada uma delas ocupa um determinado lugar no organismo, isto é, os órgãos que lhe são peculiarmente adaptados e o espaço que, de forma especial, lhe pertence, deixando o restante para a outra doença, que lhe é dessemelhante… Como doenças dessemelhantes, elas não podem eliminar nem curar uma à outra… Quando duas doenças agudas infecciosas e dessemelhantes se encontram, como a varíola e o sarampo, uma geralmente suspende a outra, como foi observado antes; no entanto, também houve epidemias gràves desta espécie em que, em casos raros, duas doenças agudas dessemelhantes